Em um futuro próximo, pode se tornar possível realizar cirurgias médicas sem ter que cortar a pele aberta; tudo graças aos pesquisadores da Duke University e da Harvard Medical School. Em uma nova prova de conceito publicada nesta quinta-feira (7) na revista Science, eles demonstraram uma impressora 3D que usa ultrassom para imprimir biomateriais dentro de um órgão.
Os pesquisadores por trás da tecnologia inovadora são Junjie Yao, bioengenheiro da Universidade Duke; e seu co-investigador principal Yu Shrike Zhang.
Maior problema enfrentado pelos pesquisadores
Muitas tecnologias de impressão 3D utilizam a luz para solidificar a tinta em estruturas, muitas vezes exigindo impressão em superfícies. Isso impõe desafios para a criação de estruturas minimamente invasivas, já que a cirurgia é tipicamente necessária para o implante.
“Esse é realmente o limite da tecnologia atual de bioimpressão”, disse Yao. Então, os pesquisadores tiveram a ideia de fazer uma impressora que usa ondas de ultrassom que viajam mais fundo através de materiais opacos.
Os pesquisadores imprimiram com sucesso uma estrutura em forma de osso através da pele e do músculo do porco, simularam a reconstrução óssea, trataram a fibrilação atrial imprimindo um adesivo em um coração ex vivo e aplicaram quimioterapia por meio de um fígado de porco de 14 milímetros de espessura.
Incrível, né?
Fontes: Duke University, American Association for the Advancement of Science via EurekAlert